quinta-feira, 25 de agosto de 2011

1. ALBANO NEVES E SOUSA


"Dança"
Óleo s/tela
63x80 cm
6.500,00 €

Neves e Sousa
o pintor de Angola

“Angola nos deu tanta e tanta coisa boa, fundamental para a formação do povo brasileiro, para o que hoje somos! Deu-nos sangue, o bom sangue negro de Angola, deu-nos dança e canto, deuses trazidos da floresta, a obstinada disposição de luta, e invencível e livre capacidade de rir e de viver. Somos tão angolanos como quem mais o seja - Bahia e Luanda são cidades irmãs.
Não contente, Angola vem de nos legar, nas confusões do nosso tempo incerto, o pintor Neves e Sousa. Pintor de Angola, de sua paisagem poderosa, de sua poderosa gente, dos costumes, da magia e da realidade — ele tocou com seu lápis ou com seu pincel cada momento e cada detalhe do país e do povo. O sol de Angola imprimiu a cor definitiva da sua paleta.
Não posso senti-lo estrangeiro sob o sol da Bahia, as cores são idênticas, muitos dos nossos hábitos vieram de lá. Na beleza das mulheres há um toque de dengue angolano, na força e na esperança dos homens descortino a decisão da gente de África. Neves e Sousa, encontra aqui a irmandade dos países que têm em comum, além da língua, alguns bens decisivos de suas culturas nacionais. Não é estrangeiro no Brasil o artista de Angola.
Sob o sol da Bahia, Neves e Sousa prossegue a sua obra admirável e a leva aos quatro cantos do continente brasileiro, pois é andejo de natureza esse mestre pintor de árvores e bichos, de homens e deuses.”
Jorge Amado

Poeta e pintor português, Albano Silvino Gama de Carvalho das Neves e Sousa nasceu em 1921, em Matosinhos, e faleceu em 1995, em São Salvador da Baía, no Brasil.
Desde muito cedo foi viver para Angola e, depois de 1975, para o Brasil. Cursou pintura na Escola Superior de Belas-Artes, no Porto, vindo a pintar temáticas africanas e temáticas locais angolanas. Visitou vários países como Cabo verde, Guiné, Moçambique e São Tomé e Príncipe.
Publicou livros de poesia, como Motivos Angolanos (1946), Mahamba. Poesias 1943-1949 (1949), Muênho (1968), entre outros, e está incluído em algumas antologias, tal como Antologia Poética Angolana (1963), Presença do Arquipélago de S. Tomé e Príncipe na Moderna Cultura Portuguesa (1968) e Angolana (1974).
Recebeu, em 1963, a Comenda da Ordem do Infante D. Henrique pelo Governo de Portugal, em 1970, a Honorary Mention - International Design Exhibition, em Rijeka (Jugoslávia), em 1974, em Naples, na Itália, a medalha de ouro de Designers da Academia Ponzen e, em 1993, de novo pelo Governo português, a Comenda da Ordem de Mérito.
Algumas das obras picturais do "pintor angolano", como é conhecido, podem ser vistas em várias exposições e no Hospital Português da Bahia (Brasil).

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Para além dos quadros e quadras

Para além dos seus quadros e da poesia, Albano Neves e Sousa foi, sem dúvida, notável em vários outros campos de actividade. Temos a esperança de que a partir da Casa Neves e Sousa se faça um trabalho de inventariação — que será, obviamente, sempre incompleto — do que foi a sua acção no registo do quotidiano e dos povos e paisagens que ele nos queria deixar.

O rigor do seu desenho impressiona. Há mesmo quem considere que os seus desenhos estão a par das suas aguarelas, e nós sabemos bem como elas eram apreciadas, por exemplo, em Espanha. E temos de reconhecer como notável a facilidade com que ele registava as coisas mais simples, descobrindo nelas o seu lado mais belo.

Dotado de um grande sentido de oportunidade, a ironia das suas caricaturas provocam em nós um sentimento de cumplicidade. Não era fácil tomar-se uma refeição com o Albano sem partirmos com um ou dois desenhos (em papel, no guardanapo ou num prato…) que os seus amigos guardam com veneração…

Divertia-o esse seu lado de “menino marotão” e assim gostava também de se identificar.

Ficaram como verdadeiros marcos alguns dos seus painéis… Desde logo o grande mural do Aeroporto Internacional de Luanda. É uma peça monumental de 345m2 em grafite, que homenageia os povos e etnias de Angola. Era a primeira imagem de Angola para muitos dos que chegavam a Luanda.

Muitos edifícios públicos e particulares tinham nas suas áreas públicas (comuns) a “marca” Neves e Sousa. Alguns desses trabalhos já não existem (Grande Hotel da Huila / Lubango, Hotel Terminus / Lobito…), mas doutros conseguimos trazer registo para este livro. É o caso do painel do Hotel dos Navegantes, no Lobito (que foi reabilitado em 1989 por iniciativa da União dos Artistas Plásticos de Angola) e dos 6 “quadros de parede” do Hotel Universo, em Luanda. Albano Neves e Sousa tinha uma relação muito especial com o dono desse Hotel – um galego, Manuel Trigo Gonzales – e foi comensal durante anos do Hotel. Dizem-me que os quadros foram parte do pagamento na forma preferida por Manuel Trigo, um grande apreciador da sua arte.

Ainda no capítulo das decorações murais, há a assinalar um trabalho na Aerogare do Aeroporto da Praia (um grande quadro de parede representando uma praia da Ilha de Santiago) e um trabalho (magnífico) no Palácio Presidencial, em S. Tomé, (um tríptico no patamar da escadaria principal, representando cenas do quotidiano de S. Tomé e Príncipe) que serviu de motivo para uma nota daquele país africano.

Albano Neves e Sousa ilustrou muitos livros com as suas “vinhetas”. Destacamos o trabalho que efectuou para o livro do Dr. António Videira, outro símbolo da Angola dos anos 50 e 60. E são da sua autoria as capas de muitos livros tratando, sobretudo, de temática africana. Por exemplo, dos livros de Reis Ventura. É curioso notar que uma série de livros saídos recentemente sobre Angola, continuam a usar trabalhos de Neves e Sousa como marca identificativa. É o caso dos recentes trabalhos do Dr. Costa Oliveira, antigo Secretário Provincial da Economia de Angola, e do escritor Oliveira Pinto.

É também da sua autoria o símbolo da TAAG. A palanca negra idealizada por Neves e Sousa é, desde há quase 40 anos, a imagem da transportadora aérea nacional angolana.

E quem visita o Museu de História Natural de Angola (ex-Museu de Angola) ficará maravilhado com os "painéis" que Neves e Sousa idealizou para enquadrar os animais embalsamados que lá se encontram.

E poderíamos prolongar as nossas referências a calendários, desenhos para cerâmica, etc., mas faremos apenas uma referência final à sua presença no mundo dos selos. Milhões de pessoas tiveram a ocasião de admirar os seus desenhos através dos selos que ele desenhou. E não apenas para Angola. De Angola o "Selo do Povoamento", os "Selos da Assistência" onde um dos seus filhos é retratado, a série da Welwitchia Mirabilis, os selos da "Série comemorativa dos 75 anos do Hospital Maria Pia". E, sobretudo, são inteiramente "ele", os selos dessa espantosa série de 1959, “Tipos Indígenas”, de que deixamos alguns exemplares para registo.

Não deve ter sido fácil para Neves e Sousa, que detinha um conhecimento único dos povos e etnias de Angola, seleccionar apenas doze para integrarem a série "Tipos indígenas", ou seja, uma ínfima parte do "cadinho" dos povos de Angola.

Reproduziu nas suas cores o que desenhou, como o testemunham as pessoas que conheciam bem as respectivas regiões.

O selo de $05 representa um soba de Malange, com o seu barrete em forma de chifres, mais ou menos longos, consoante a sua dignidade e hierarquia. O selo de $10 mostra um tocador de flauta do planalto do Bié. O selo de $15 representa trajes característicos da Região dos Dembos. O selo de $20 representa um bailarino kissama, da região do Kwanza, armado dum “javite” (pequeno machado) e de um rabo de antílope que agita num ritual, simbolizando a caça antes e depois de abatida. O selo de $30 mostra um casal da Região do Bailundo, com os seus trajes característicos. O selo de $40 representa um dançarino do Bocoio, região próxima do Lobito. O selo de $50 mostra uma mulher kissama, habitante do que era uma rica região de caça a poucas dezenas de quilómetros de Luanda. O selo de $80 mostra uma orgulhosa mulher kwanhama. O selo de 1$50 representa uma mulher de luto de Luanda. Está envolta nos seus panos pretos e na cabeça usa uma espécie de turbante, sustentado por um canudo de cartão, que segura na cabeça e é coberto pelo pano. É uma indumentária em regressão. O selo de 2$50 representa um bailarino da região do Bocoio, com frutos secos nas mãos, e cujo chocalhar das sementes marca o ritmo da dança. O selo de 4$00 representa um muquixe do Moxico, com a máscara que é usada em certas cerimónias em que esconjura os maus espíritos. Finalmente, o selo de 10$00 mostra um soba de Cabinda.

Quantos de nós não tiveram, através dos seus selos, o primeiro contacto com a viúva de Luanda, o dançarino do Bocoio ou o muquixe do Moxico? Eu fui um deles.

Obrigado Albano!

Miguel Anacoreta Correia

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sexta-feira, 27 de junho de 2008


Angola a Branco e Preto


Velha Muximba do Iona - a tribu muximba próxima parente dos vacuvale pertence também ao grupo herero. Vivem em pleno deserto uma vida nómada, sempre em busca de água e pasto para umas escassas cabeças de gado que possuem.

Como já anteriormente tinha referido, ao ser convidada para escrever nesta casa, pensei muitas vezes que não teria imaginação para escrever em dois blogues, que apesar de muito diferentes na linha editorial, quando o tema é Angola ficariam parecidos. Depois pensei, que tal eu procurar na minha biblioteca, nas minhas memórias, no meu baú, poemas, artigos, estórias, música, gravuras e quadros que possam dar a conhecer a todos que visitam esta casa um pouco mais do meu País.

Este é um desenho de Neves e Sousa, que "scaniei" do livro Angola a Branco e Preto e deixo aqui o pedaço final da Carta Aberta a Neves e Sousa escrita por Jorge Amado e publicada no inicio do livro:

"... Agora você me escreve para contar a razão verdadeira do adiamento da viagem:est´preparando um livro, com 100 desenhos de Angola, uma visão da terra e do homem, da vida e do mistério, ao modo, diz você, das Sete Portas da Bahia, de Carybé. Bem, se é assim há uma razão válida alhe desculpar e logo informo os amigos do motivo justo e passamos a esperar o livro com ansiedade. Creio que você vai fazer algo definitivo e extremamente valioso no sentido do conhecimento de Angola e aqui estamos nós muitíssimos interessados. Como vocÊ sabe, nós baianos somos angolenses ou angolanos, de uma ou de outra forma o somos, comemos comidas de Angola, usamos termos de Angola, veneramos sntos de Angola nos candomblés angola, nossa luta e baile da capoeira é angolana, e temos o samba de Angola, sem falar no sangue que nos corre nas veias, sangue negro de Angola, do melhor. Somos também, é bem verdade, nagôs e gêges, congos e malês, índios, portugueses, árabes, judeus, e agora incorporamos japoneses, sem falar nos italianos, húngaros, alemães, polacos e eslavos variados, misturamos tudo para sermos esses mestiços porretas que somos...
JORGE AMADO "
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Neves e Sousa (Albano Silvino Gama de Carvalho das Neves e Sousa) nasceu em Matosinhos – Portugal – em 1921. Fez o Curso do Liceu (Ginasial) em Luanda/Angola.
Primeira exposição no Andulo (Angola) em 1936.
Exposição em Luanda em 1937 com o apoio do Jornal “A Província da Angola”.
Integrado como pintor na Missão de Estudos Etnográficos trabalha na recolha de elementos de etnografia e pintura na Quissama, Dondo, Moximo e Dembos (Angola) e expõe com Álvaro Canelas e António Campino em Luanda em 1941.
Em 1943 obtém uma bolsa de estudos concedida pela Câmara Municipal de Luanda e faz o Curso Superior de Belas Artes na Escola no Porto. Obteve na escola os prémios “José Meireles Jr.”, “Centenário Soares dos Reis”, “ Prémio 3 Artes”, “Rodrigo Soares” e “Rotary Club do Porto” 1950. Defendeu tese em 1952 e regressou a Luanda onde passou a residir em carácter permanente.
Tem mais os seguintes prémios:
- 1º Prémio/Aguarela na 1ª Exposição de Artes Plásticas de Luanda/Angola.
- Prémio Rotary Clube do Porto – 1951.
- 2º Prémio de Pintura da “Casa da Metrópole” em Luanda.
- Medalha de bronze da Exposição de “Caça e Pesca” – Dusseldorf – Alemanha – 1954.
- 1º Prémio/Pastel na exposição de Artes Plásticas da Câmara Municipal de Luanda – 1967.
- Medalha de Ouro/Desenho – Academia de Pontzen – Nápoles – Itália em 1974.
Menção Honrosa na Exposição Internacional de Desenho da Rijeka – Yugoslávia – 1970.
Em 1963 foi agraciado com a ordem do Infante D. Henrique no Grau de Comendador, pelo Governo Português.
Expôs colectivamente em numerosas exposições promovidas pelo Secretariado de Propaganda em Lisboa e Porto (Portugal).
Nos anos 40 participou do Grupo dos Independentes de cujo núcleo fez parte. Na mesma época, organizou com Fernando Lanhas a 1ª Exposição de arte infantil no Porto.
Participou de exposições colectivas no estrangeiro. Realizou viagens de estudo à França, Espanha, Itália, Inglaterra e Brasil.
Executou decorações em edifícios públicos em Angola, S. Tomé e Cabo Verde. No aeroporto de Luanda tem um trabalho em grafite com área de 375m2.
Também executou a decoração do Pavilhão de Angola na exposição de Rhodes – Bulawio (Rodésia) em 1953.
Pintou dois painéis para o Banco Auxiliar, um para Salvador em 1981 e outro para Aracaju em 1983.
Em 1975 vai aos Estados Unidos (Seatle) afim de efectuar a decoração dos interiores dia aviões Boeing 737 dos transportes Aéreos de Angola – TAAG.
Está representado em diversos Museus portugueses e estrangeiros e em muitas colecções particulares, como:
Museu Nacional de Arte Contemporânea – Lisboa.
Museu Nacional de Soares dos Reis – Porto
Museu dos Açores – Açores
Museu Caramulo – Portugal
Fundação Calouste Gulbenkian – Lisboa
Museu de Ovar – Portugal
Museu de Arte da Universidade do Ceará – Fortaleza – Brasil
Museu de Angola – Luanda
Museu de Pontevedra – Espanha, etc.

COLECÇÕES PARTICULARES

S.M. D. Juan Carlos de Espanha
S.M. Rei Semião da Bulgária – Madrid
ColecçãoUNILEVER – Holanda
Colecção Nestlé – Suiça, etc.

EXPOSIÇÕES INDIVIDUAIS
1936 – Aguarelas, desenhos, caricaturas – Andulo/Angola
1937 e 1938 – Aguarelas – Luanda/Angola.
1944 – Aguarela e óleo – Secretariado de Propaganda Nacional – Lisboa
1944 – Galeria Fantasia – Porto – Portugal
1947 – Galeria Fantasia – Porto – Portugal
1948 – Casa do Estudante do Império – Delegação de Coimbra – Portugal
1948 – Salão do Casino do Furadouro – Portugal
1949 – Palácio Foz – Salão do Secretariado Nacional de Informação – Lisboa
1949 – Galeria Portugália – Porto
1950 – Galeria Fantasia – Porto
1950 – Salão Nobre do Palácio do Comércio – Luanda – Angola
1950 – Salão Nobre dos Organismos Económicos – Lourenço Marques/Moçambique
1952 – Salão Silva Porto – Porto
1952 – Salão Nobre do Palácio Foz – Lisboa
1952 – Salão Nobre do Clube do Niassa – Porto Amélia/Moçambique
1952 – Salão Nobre do Palácio do Comércio – Luanda/ Angola
1953- Aguarelas – cidade de Malangue/Angola Câmara Municipal de Benguela/Angola
1954 – Aguarelas Câmara Municipal de Nova Lisboa/Angola
1955 – Exposição no Instituto de Angola por ocasião do 1º Congresso dos Economistas Portugueses – Luanda
1956 – Museu de Angola – Luanda/Angola” Angola, Etnografia, História, Paisagem”
1956 – Câmara Municipal de Moçâmedes/Angola
1956 – Salão dos Organismos Económicos – Lobito/Angola
1956 – Salão Nobre do Palácio do Comércio – Luanda/Angola “Angola de Cabinda ao Cunene”.
1957 – Câmara Municipal de Benguela/Angola
1957 – Câmara Municipal de Silva Porto/Angola
1958 – Câmara Municipal de Lobito/Angola – “Angola Vista por Neves e Sousa”
1958 – Exposição dos Trabalhos realizados para o Museu de Angola – Luanda – Salão Nobre do Palácio do Comércio
1958 – “Neves e Sousa” Museu de Angola – Luanda
1957- Palácio Foz – Salão Nobre do Secretariado Nacional de Informação – Lisboa/Portugal
1959 – Angola em la Obra de A. Neves e Sousa – Salones Macarron – Jovellanos – Madrid – Espanha
1960 – Câmara Municipal de Malangue/Angola
1961 – Museu de Angola – Luanda
1961 – Câmara Municipal de S. Tomé – São Tomé e Príncipe
1961 – Galeria ABC – Luanda – Obra Abstracta
1961 – Associação Económica – “Angola – Neves e Sousa” – Lourenço Marques/Moçambique
1962 – Câmara Municipal de Quelimane – Moçambique
1962 – Câmara Municipal da Beira – Moçambique
1963 – Salão Nobre do Palácio do Comércio – Luanda/Angola
1964 – Palácio da Foz – Lisboa
1964 – Câmara Municipal de Silves – Festas da cidade – Algarve/Portugal
1964 – Museu de Ovar – Portugal
1965 – Galeria Guignard – Rio de Janeiro/Brasil
1965 – Gabinete Português da Leitura – Salvador da Bahia – Brasil
1965 – Salão do Hotel Nacional – Brasília – Brasil
1966 – Salão Nobre do Palácio do Comércio – Luanda/Angola “Da minha África e do Brasil que eu vi…”
1966 – Salão de Arte Kunstvereinigung – A Portrait of Angola – Windhoek/SWA – Namíbia
1967 – Câmara Municipal de Sá da Bandeira – Angola – Festas da cidade
1967 – Câmara Municipal de S. Tomé – S. Tomé e Príncipe
1968 – VII Festas do Mar – Moçâmedes/Angola
1968 – Museu de Angola – Luanda – Óleos de Neves de Sousa (Colecções do Museu de Angola)
1968 – Palácio Foz – Lisboa/Portugal Neves e Sousa
1969 – Salão Nobre do Palácio do Comércio Luanda/Angola – Aguarelas de Neves e Sousa – S. Tomé e Príncipe
1970 – Salão da Sociedade de Estudos de Moçambique – Lourenço Marques
1970 – Salão “CITMO” – Beira/Moçambique
1970 – Salão do Clube de Niassa – Nanpula – Moçambique
1973 – Casino do Estoril – Portugal – “Mulheres de Angola”
1974 – Auditório da Universidade de Bloemfontein Orange Vrystaat – África do Sul
1974 – Sociedade de Estudos de Moçambique – Lourenço Marques
1975 – Galeria da Pousada do Convento do Carmo – Salvador/Bahia/Brasil
1975 – Galeria do Hotel Nacional – Rio Janeiro/ Brasil
1975 – Hotel Lancaster/ Curitiba/ Paraná/ Brasil
1976 – Iate Clube do Rio de Janeiro – Brasil
1977 – Galeria CIMO – Curitiba/ Paraná/ Brasil
1976 – Galeria Unibanco – Petrópolis/ Brasil
1977 – Galeria “CIMO” Florianópolis – Santa Catarina – Brasil
1977 – Galeria “Credicard” – Salvador – Bahia – Brasil
1978 – Galeria Clube Português de São Paulo – Brasil
1978 – “Credicard” – Belo Horizonte – Minas Gerais – Brasil
1978 – Clube “Hebraica” São Paulo – Brasil
1979 – Museu de Arte da Universidade do Ceará Fortaleza/Brasil
1979 – Clube Português de S. Paulo
1979 – Salão da C.C.P.C. – Itabuna – Bahia – Brasil
1982 – Galeria do Casino Estoril
1980 – Clube Português de S. Paulo – Brasil
1981 – Museu de Arte de São Paulo (MASP) – São Paulo – Brasil
1981 – Galeria “Genaro” – Salvador – Bahia – Brasil
1982 – Galeria do Casino Estoril – Portugal
1982 – Salão da C.C.P.C. – Itabuna – Bahia – Brasil
1984 – Galeria do casino Estoril – Portugal
1985 – Galeria de S. Francisco – Lisboa
1985 – Museu Costa Pinto – Salvador – Bahia – Brasil
1991 – Exposição na Loios galeria – Porto

PARTICIPAÇÕES EM EXPOSIÇÕES COLECTIVAS:
1944 – Exposição da Primavera – galeria Augusto Molder – Lisboa
1944 – Exposição do Grupo Independente do Porto
1945 – Exposição do Grupo dos Independentes do Porto
1946 - Exposição do Grupo dos Independentes do Porto
1947 - 3ª Exposição de Arte Moderna dos Artistas do Norte - Porto
1947 - Aguarelista de Espana y Portugal - Madrid - Espanha
1947 – 3ª Exposição de Arte Moderna - Lisboa
1948- 4ª Exposição de Arte Moderna dos Artistas do Norte - Porto
1949 – 2ª Exposição de Arte Moderna - Aguarela - Lisboa
1949 – 1ª Exposição Anual de Cerâmica (SNI) - Lisboa
1949 - Exposição de Arte Sacra Missionária - Museu dos Jerónimos - Lisboa
1950- Exposição do Grupo dos Independentes do Porto
1950 - 6ª Exposição de Arte Moderna dos Artistas do Norte - Porto
1951 - 7ª Exposição de Arte Moderna dos Artistas do Norte - Porto
1952 – 8ª Exposição de Arte Moderna dos Artistas do Norte – Porto
1952 – Exposição de Arte Portuguesa – Goa - Índia
1952 – 4ª Exposição de Arte Contemporânea - (SNI) - Lisboa
1954- Exposição Documentário de Artes Plásticas do Instituto de Angola - Luanda
1956- Vida e Arte Portuguesas - Lourenço Marques - Moçambique
1970 - Exposição Internacional de Desenho - Rijeka - Jugoslávia
1979 - Camões e a sua Época - Clube Português de São Paulo
1979 - 10 de Junho" - Gabinete Português de Leitura - Salvador da Bahia
1980- Exposição de 10 de Junho - Clube Português de S. Paulo
1981 - Exposição dos Emigrantes - São Paulo
1981 - Exposição da TAP - Rio Janeiro
1982 - Gabinete Português de Leitura - Salvador - Bahia - Brasil
1982 - O Folclore nas Artes Plásticas - Galeria Genaro
1982 - Hotel Galeão Sacramento (inauguração) Itaparica - Bahia
1982 - Exposição TAP - Brasília
1982 - Galeria "Auxiliar - Banco Auxiliar - Salvador - Bahia
1982 - Galeria Itaigara - Salvador - Bahia
1983 - Galeria Iguatemi - Salvador - Bahia
1984- Galeria Itaigara - "100 Anos de Carnaval" - Salvador - Bahia
1985 - Galeria Itaigara - Salvador - Bahia
1986 - Museu de Arte da Cidade de Salvador - Bahia
1986 - Casino Estoril
1987 - Embaixada de Portugal em Brasília
1989 - Espaço Cultural Boifsfont, Bruxelas - Bélgica
1990- Galeria Ada – Bahia
1991 - Galeria de Arte do Casino Estoril


Publicou os seguintes livros:
- Motivos de Angola - Poesia
- Mahamba - Poesia –
- Batuque - Poesia –
- Muênho - Poesia
- Macuta e Meia de Nada - Poesia 1975
- Olohuma - Poesia
- Angola a Branco e Preto (prefaciado por Jorge Amado)
- Da Minha África e do Brasil que eu vi (prefaciado por Prof. Luís da Câmara Cascudo)
- Mulheres de Angola - Texto e reprodução de pintura

Bibliografia:
Enciclopédia Luso-Brasileira
Enciclopédia Delata-Larousse
50 Anos de História do Mundo 1900-1950 - Lisboa Portuguese 20th Century Artists - Michael Tannock - London A Arte em Portugal - Estudio Cor - Lisboa.
A Arte em Moçambique - Feliciano Marques Pereira Angola - Dr. António Videira
Novos Parágrafos da Literatura Portuguesa - Amândio César Etnias e Culturas de Angola - José Redinha - Luanda - Angola Povo Flogá - Fernando Reis - São Tomé e Príncipe Seara dos Tempos - José Maria Eça de Queiróz - Lisboa. Grande Livro dos Portugueses - Circulo de Leitores etc..
Colaboração em vários jornais angolanos.

2. ADI STEURBAUT

"A Mesa"
Acrílico s/tela
58x58 cm
1.500,00 €

Adi Steurbaut nasceu na Bélgica.
Engenheiro Civil e Arquitecto, dedicou-se desde há vários anos à pintura tornando-se num dos mais conhecidos pintores belgas. Presença constante na feira internacional de arte, LINEART, que anualmente é realizada em Gent, é bem conhecido entre os galeristas que periodicamente a frequentam.
Dizem os críticos que ele coloca o seu talento de pintor ao serviço da alegria de viver. Com efeito, Adi Steurbaut tem uma inspiração divertida e o seu talento recria um mundo alegre, ao arrepio de qualquer influência quer do figurativismo, quer do abstraccionismo.
O seu propósito não é revolucionar a arte da pintura.
As suas obras apresentam-se como pequenos panoramas caleidoscópicos que convidam o olhar a passear-se em todos sentidos da rosa-dos-ventos. Dele escreveu um seu conterrâneo: «Os seus quadros têm a frescura de uma canção de Trenet, a fantasia das composições d'Eric Satie, o ritmo sincopado dos poemas dos poetas flamengos.»
Desde há anos que é artista exclusivo das famosas galerias de arte “Beukenhof “ o que só por si é prova da aceitação dos coleccionadores.
As suas cores são alegres, exuberantes e explosivas. As suas histórias contadas em fragmentos, constituem um estilo próprio que o identifica em qualquer parte do mundo por onde tem exposto.
Em Portugal expôs na “Loios Galeria”, nos anos noventa.

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Adi Steurbaut

  • geboren op 24 juli te Ronse
  • wetenschappelijke humaniora (Sint-Antoniuscollege, Ronse)
  • burgerlijk ingenieur-architect (Rijksuniversiteit, Gent)
  • autodidact kunstschilder
  • beeldhouwer (Kon. Academie voor Schone Kunsten, Gent)
  • 2001: Kunstboek "Flirten met de zon", Roularta - Roeselare, 172 pagina's - 110 kleurenfoto's
  • 2007: Kunstboek "De man die de wolken kleurt", De Riemaecker - Nukerke, 122 pagina's - 114 kleurenfoto's
  • 2010: Het werk van Adi Steurbaut wordt opgemerkt door Studio OZ Inc. uit Tokyo; zij maken er prompt een "corporate calendar" mee voor het wereldbedrijf YKK (met zetel in Tokyo) onder de titel "Pleasant time" (artworks by Adi Steurbaut)



Enkele citaten:


"Adi Steurbaut schildert zoals hij is, met de glimlach. Zijn werk doet je denken aan vakantie, zon, feest. Het zit boordevol prettige onmogelijkheden."
Stef Vancaeneghem


"Adi Steurbaut met son talent de peintre au service de la joie de vivre. Il emploie des lignes, des formes, des volumes pour élaborer une image de notre environnement, de la nature et aussi de l'art (ou de la science) de la géométrie."
Wim Toebosch


"Heureux qui, comme Adi Steurbaut, et malgré sa noble barbe grise, peut encore voir le monde aux couleurs et aux émerveillements de l'enfance."
Salvatore Adamo


"Adi Steurbauts Gemälde sind Bilder eines hoffnungslosen Optimisten, eines unverbesserlichen Menschenfreundes. Sie sind so leuchtend und strahlend."
Rudolf Richtermeier

EXPOSIÇÕES

België

  • Beukenhof, Kluisbergen (1986, 1987, 1989, 1996, 1997, 1999, 2000, 2002, 2003, 2005, 2007)
  • Christiane Cloots, Brussel (1988, 1990, 1994, 2004)
  • Resonans, Gent (1989)
  • Trianon, Westende (1989)
  • Présences, Knokke (1990)
  • Lineart, Gent (1991 t.e.m. 2010)
  • Atelier 686, Knokke (1991 t.e.m. 1998)
  • 't Hof te Puttens, Lede (1991, 1997, 2002, 2010)
  • Princekouter, Ronse (1994)
  • U.Z. Gasthuisberg, Leuven (1995)
  • De Muelenaere & Lefevere, Oostduinkerke (1995)
  • P-Art, Gent (1995)
  • Casa Ristia, Torhout (1997)
  • Atelier 22, 's Gravenwezel (1997)
  • Classic VI, Kortrijk (1997)
  • De Residentie, Lichtaart (1998)
  • La Réserve, Knokke (1998)
  • Pax, Knokke (1999, 2000, 2001)
  • Arte 685, Knokke (2002 t.e.m.2006)
  • Exelmans, Neeroeteren-Maaseik (2002)
  • Natascha, Knokke (2003)
  • Leondar, Knokke (2003 t.e.m. 2006)
  • Corner ID+ Art, Knokke (2006 t.e.m. 2009)
  • ID+ Art, Hamme (2008)
  • Cipers Meeting Center, Mechelen (2008, 2009)
  • Art at Sea, Knokke (2009, 2010,2011)
  • CC De Brouwerij, Ronse (2010)

 

Nederland


 

Duitsland

  • Borcharding, Rheine (1993)
  • Kunstforum 3M, Borken (1994)
  • Holsterfeld, Rheine (1994)

 

Portugal

  • Loios, Porto (1994)

 

Frankrijk

  • Fardel, Le Touquet (1998)
  • Chabanian-Le-Baron, Honfleur (1999)

 

Zwitserland


 

USA


 

3. ANÍBAL ALCINO

Óleo s/tela
65x50 cm
4.000,00€


PORTO
Serigrafia

Pintor de feição expressionista, por vezes cubista, que usa da simplificação e da elipse.
Nasceu em 1926, em Vila da Feira.
Diplomou-se na ESBAP (Curso Superior de Pintura).
Foi bolseiro da Fundação Gulbenkian.
Expôs na Galeria Alvarez, do Porto, na Galeria Divulgação, e na Galeria de Março, de Lisboa. (“Dicionário de Pintores e escultores” de Fernando de Pamplona).
Como membro do grupo "OS INDEPENDENTES" participou em diversas exposições de arte moderna promovidas por esse grupo.
Colaborou com o pintor Júlio Pomar na página de "Artes e Letras" do Jornal de Notícias, tendo ainda textos de crítica de arte dispersos por outros jornais e revistas.
A sua primeira exposição individual foi em 1939 no Teatro S. João, Porto.
Expôs colectivamente nos 1.º e 2.º Salões dos Novíssimos; Artes Plásticas (1.ª e 2.ª) da Fundação Gulbenkian; Prémio António Carneiro, Biblioteca-Museu de Amarante, 1963; Bienais Internacionais de Vila Nova de Cerveira; Prémios Armando de Basto (1950) e António Carneiro (1956). Nos anos noventa expôs na “Loios Galeria” do Porto.Vem referenciado em “Pintores do Minho”, de Nuno Lino Carvalho.

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Aníbal Alcino Ribeiro dos Santos, nasceu a 3 de Outubro de 1926 na Vila da Feira.
Diplomou-se na ESBAP/Curso Superior de Pintura.
Foi bolseiro da Fundação Calouste GulbenKian  (1963 e 1964) em Madrid.
Como membro do grupo «OS INDEPENDENTES» participou em di­versas exposições de arte moderna promovidas por esse grupo. Colaborou com o pintor Júlio Pomar na página de «Artes e Letras» do Jornal de Noticias, tendo ainda, textos de crítica de arte disper­sos por outros jornais e revistas.

Exposições Individuais
1939 - Cinema S. João - Porto
1941/43 - Salão Silva Porto - Porto
1947/48 - Galeria Portugália - Porto
1951 - Ateneu Comercial do Porto
1953 - Exposição no SNI - Lisboa
1953 - Galeria António Carneiro - Porto
1954 - Galeria de Março - Lisboa
1954/55 - Galeria António Carneiro - Porto
1957 - Sociedade Harmonia Evorense – Évora
1957 - Galeria Alvarez - Porto
1959 - Galeria Divulgação - Porto
1959 - Museu Luanda - Angola
(Nos anos sessenta realizou algumas exposições em Viana  do Cas­telo)
1975/79/86 - Salão da Cultura - Viana do Castelo
1988 - Galeria Barca D'Artes - Viana do Castelo
1990 - Galeria Barca D'Artes - Viana do Castelo
1991 - Loios Galeria - Porto
1992 - Galeria Barca d'Artes - Viana do Castelo 1993 - Loios Galeria - Porto.

Exposições Colectivas
1943 - «Exposição Independente» dos alunos da ESBAP - Porto
1945 - «Exposição Independente» - Instituto Superior Técnico - Lis­boa
1945 - IX Missão Estética de Férias - Évora
1946 - X Missão Estética de Férias - Museu Grão Vasco - Viseu
1946 - «Exposição Independente» - Galeria Portugália - Porto
1948 - XI Missão Estética de Férias - S.N.B.A. - Lisboa
1950 - VI Exposição de Arte Moderna dos Artistas do Norte - SNI - Porto
1951 - 14.§ Exposição de Arte Moderna - SNI - Lisboa
1952 - Exposição dos Artistas Premiados - SNI - Lisboa
1952 - Exposição de Arte Contemporânea da Metrópole - Luanda e Lourenço Marques
1954 - X Exposição de Arte Moderna dos Artistas do Norte - SNI - Porto
1955 - Exposição de Arte Moderna - Amarante
1955 - Exposição de Arte Moderna - Penafiel
1956 - II Salão de Outono - Estoril
1957 - «Trinta Anos de Cultura Portuguesa» - SNI – Lisboa
1957 - XII Exposição de Arte Moderna dos Artistas do Norte - SNI - Porto
1957 -1 Exposição de Artes Plásticas da Fundação Calouste GulbenKian - Lisboa
1957 - V Exposição de Cerâmica Moderna - SNI - Lisboa
1957 - III Salão de Outono - Estoril
1958 - «I Exposição de Pintura a Óleo» - Vila Real
1958 - III Missão Internacional de Arte - Évora
1959/60/61 - «Salão dos Novíssimos» - SNI - Lisboa
1959 - II Exposição de Arte Moderna - Museu Regional de Viana do Castelo
1960- 1 á Exposição Livre de Pintura Contemporânea - Lamego
1961 - «Exposição da Vida e da Arte Portuguesa» - Lourenço Mar­ques
1962 - II Exposição de Artes Plásticas da Fundação Calouste Gul­benkian - Lisboa
1970 - Exposição Colectiva de Pintura - Elvas
1975 - 1.ºs Encontros Internacionais de Arte - Viana do Castelo
1976 - Exposição de Pintura Portuguesa - Estoril
1976 - Exposição Colectiva de Artistas Europeus - Los Angeles - U.S.A.
II - III - IV Bienal Internacional de V.N. de Cerveira
1982/83/84/85/86 - Exposição Colectiva de Artes Plásticas do C.C.A.M. - Viana do Castelo
1986 - Exposição de Pintura Portuguesa - Évora
(integrada pela Sec. de Estado da Cultura no dia 10 de Junho - Dia de Portugal)
1987 - Exposição de Pintura Contemporânea Portuguesa - Casino Estoril
1987 - Exposição de Pintura Moderna Portuguesa - Sala Jaques Brel - Pontault Combault - França
Exposição Individual de Pintura, em Viana do Castelo simultanea­mente no Salão dos Antigos Paços do Concelho e Galeria Barca d'Artes em 1988. Organização do Centro Cultural do Alto Minho. Salão de Outono na Galeria do Casino do Estoril em 1988. Salão de Outono na Galeria do Casino do Estoril em 1990. Exposição Colectiva de Aguarelistas Portugueses, na Galeria do Ca­sino Estoril em 1990.
Exposição Individual de Pintura na Galeria Augusto Gomes (Mato­sinhos - 1989).
I.ª Exposição Colectiva de Artistas Plásticos Portugueses, com mo­tivos ligados ao Norte do País (Matosinhos). Organização da Asso­ciação Industrial Portuense, (EXPONOR - 1989).
II.ª 9 Exposição Colectiva de Artistas Plásticos Portugueses, com mo­tivos ligados ao Norte do País (Matosinhos). Organização da Associação Industrial Portuense (EXPONOR - 1990).
I.ª Exposição Geral de Artistas Plásticos com motivos ligados à ci­dade do Porto e Vila Nova de Gala (1989).
Exposição Colectiva de Artistas Portugueses, na Sociedade Nacio­nal de Belas Artes, em Lisboa, subordinada ao tema: «A VINHA E O VINHO » (3.º prémio de pintura a óleo) - Organização das Caves Aliança.
Exposições Colectivas de Artes Plásticas, organizadas pelo Centro Cultural do Alto Minho, na Galeria Barca d'Artes, em 1988 e 1989.

Prémios Nacionais
1946 e 1947 - Prémio «Rodrigues Soares» da ESBAP.
1950 - Prémio «Armando Basto».
1958 - Prémio «António Carneiro» do SNI.
Colecções em que está representado
Museu Nacional Soares dos Reis - Porto
Museu de Luanda - Angola
Museu Regional de Amarante
Museu Regional de Viana do Castelo
Instituto Politécnico - Viana do Castelo
Escola Superior de Educação de Viana do Castelo
Escola Superior Agrária de Ponte de Lima
Câmara Municipal de Viana do Castelo
Hospital Distrital de Viana do Castelo
Ateneu Comercial do Porto
Centro Cultural do Alto Minho

Está ainda representado em valiosas colecções parti­culares no País e no Estrangeiro

Alguma Bibliografia
«A Arte em Portugal» no Séc. XX - José Augusto França Edição - Bertrand.
«Dicionário da Pintura Universal» p/ Fernando Pernes
Edição - Estúdios COR.
«Dicionário dos Pintores Portugueses» - Fernando Pamplona.
«Pintura e Escultura em Portugal 1940 - 1980». - Rui Mário Gon­çalves.
«Estudos sobre Artes Plásticas - os anos 40 em Portugal e outros es­tudos» - Fernando Guedes - Colecção Artes e Artistas
Imprensa Nacional Casa da Moeda.

Livros Publicados
Aníbal Alcino - Um Professor no Alentejo
Edição da Câmara Municipal de Viana do Castelo - 1989.

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ANÍBAL ALCINO E OS CARTAZES
Desde cedo se percebeu que fazer um cartaz não podia ser tarefa de amadores. Antes mesmo de António Ferro, à frente do S.P.N. (depois S.N.I.), ter sabido inteligentemente trazer as artes gráficas para o serviço da política, o primeiro cartaz (1912) e o de 1914 foram encomendados a um artista vianense da geração modernista, que mais tarde viria a aplicar a partir de Viana do Castelo a política de propaganda que Ferro dirigiria nos começos do Estado Novo. Depois dele, sabemos que os cartazes de 1934, 1943 e 1948 foram pintados por Luís Filipe (1887-1949); que os cartazes de 1936 e um dos de l955 foram de Maria Manuela Couto Viana (1919-1983); que os cartazes de 1940 e 1950 são da autoria de Carolino Ramos (1897-1961); o cartaz de 1953 reproduz uma aguarela de Alberto Sousa de 1935; um artista que parece ter assinado “Paolo’ pintou o cartaz de 1954; Carlos Carneiro (1909-1971) o de 1955; Joaquim Lopes (n.1886) o de 1956, ano em que faleceu; a Jaime Isidoro (n.1924) se deve o cartaz de 1957. Segue-se depois o período dos fotógrafos, só interrompido em 1971, quando do cartaz foi incumbido Juvenal Ramos (n. 1927) e em 1986, quando se resolveu fazer um concurso entre os pintores vianenses e o certame foi ganho por Aníbal Alcino (n. 1926). Depois foram os referidos períodos de 1990 a 1993, em que os cartazes foram pintados por Araújo Soares, Hélder (assina “Élder”) Carvalho, Mário Emílio e Rui Pinto, de 1994 a 1997.
-º-º-º-º-

Exposições Independentes

A agitação dos anos do pós-guerra explica-se facilmente. O final da Guerra, com a vitória das democracias contra os fascismos Italiano e Alemão, fez acreditar na possibilidade de mudança de regime em Portugal. Muitas pessoas pensaram que as potências ocidentais  levariam Salazar a demitir-se. Na acção anti-salazarista, o Partido Comunista Português constituía a força política mais organizada, apesar de se encontrar na clandestinidade. Ora, o anticomunismo primário de Truman, que recentemente chegara à chefia dos Estados Unidos devido à morte de Roosevelt, facilitou as permanências de Salazar e de Franco no poder.

Mas não se podia, em 45, impedir o lógico, natural e legitimo júbilo dos antifascistas. Afinal, qual era a dívida do mundo livre para com os milhões de mortos da Guerra, com uma percentagem enorme de soviéticos? Defender a liberdade.

Os artistas plásticos vanguardistas procuraram dar o seu contributo político. Os Neo-Realismo atraiu a maioria.

A fragilidade pedagógica e a perseguição política que existiam na Escola de Belas Artes de Lisboa fez com que alguns alunos mais decepcionados, senão politicamente perseguidos, deslocarem-se para a Escola de Belas Artes do Porto, onde a habilidade superiormente política e pedagógica do Arquitecto Carlos Chambers Ramos, assim como o ensino do Pintor Dordio Gomes e do Escultor Barata Feyo, lhes deu melhor acolhimento. Daqui surgiu o Grupo dos Independentes do Norte.

A arte abstracta portuguesa está historicamente ligada às exposições independentes, cujo principal organizador e animador, Fernando Lanhas, é coincidentemente  a figura central desse abstraccionismo.

Após uma I Exposição, em Abril de 1943, nas instalações da Escola Superior de Belas Artes do Porto, com esculturas de Altino Maia, Mário Truta, Arlindo Rocha, Serafim Teixeira, Augusto Tavares e Manuel Pereira da Silva, as exposições independentes passam a ter lugar fora da Escola e, várias vezes fora do Porto, um primeiro exemplo de descentralização e vontade de difusão que apesar de tudo, não evitará uma certa marginalização dos artistas do Porto em relação aos acontecimentos e iniciativas de maior visibilidade e impacto da capital.


A II Exposição Independente apresenta-se, em Fevereiro de 1944, no Ateneu Comercial do Porto, com esculturas de Altino Maia, Arlindo Rocha, Eduardo Tavares, Joaquim Meireles, Manuel da Cunha Monteiro, Maria Graciosa de Carvalho, Mário Truta, M. Félix de Brito, Manuel Pereira da Silva e Serafim Teixeira. será a partir daí que a acção de Fernando Lanhas se fará sentir, na consistente qualidade dos catálogos e das exposições, bem como na persistência em manter vivas as iniciativas. 

A III Exposição Independente tem lugar, no mesmo ano, no salão do Coliseu do Porto, com esculturas de Abel Salazar, Altino Maia, António Azevedo, Arlindo Rocha, Eduardo Tavares, Henrique Moreira, Manuel Pereira da Silva, Mário Truta, e Sousa Caldas. No catálogo da exposição, em itinerância por Coimbra, Leiria e Lisboa, em 45, esclarece-se que o nome de “independente” não é um nome ao acaso, mas implica a consciência de que a arte é um património da humanidade e daí a “a nossa variadíssima presença”, entendendo-se que o presente deve activar-se para alicerçar o futuro, não se podendo negar ao passado o direito de recordar-se (1).
Para Fernando Lanhas as “Exposições Independentes” do Porto marcam um momento histórico significativo na nossa pintura e escultura. Primeiro, porque reúnem pintores e escultores de formação diferente (a razão de ser da palavra “Independente” vem da não filiação num “ismo” particular), empenhados numa igual acção colectiva e mergulhados no mesmo entusiasmo. Segundo, porque nelas aparece, sem preconceitos nem complexos, esta abstracção original e fecunda. E, em terceiro lugar, porque escapam à voracidade centralizadora da capital (2).

Entre 46 e 50, realizam-se mais quatro exposições independentes, na Galeria da Livraria Portugália, no Porto, em 46, 48, e 50, e uma em Braga em 49.

De 1943 a 1950, expuseram em quase todas as exibições os pintores Amândio Silva, Aníbal Alcino, António Lino, Carlos Chambers Ramos, Dordio Gomes, Fernando Lanhas, Júlio Pomar , Júlio Resende, Nadir Afonso, Rui Pimentel e Vítor Palla.  



(1) MATOS, Lúcia Almeida (2007) – Escultura em Portugal no século XX (1910-69). Edição: Fundação Calouste Gulbenkian.

(2) FUNDAÇÃO DE SERRALVES (1999) – Panorama da Arte Portuguesa no Século XX. Porto: Fundação de Serralves.



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Aníbal Alcino Ribeiro dos Santos, nasceu a 3 de Outubro de 1926 na Vila da Feira.
Diplomou-se na ESBAP/Curso Superior de Pintura.
Foi bolseira na Fundação Calouste Gulbenkian (1963 e 1964) em Madrid.
Como membro do grupo «OS INDEPENDENTES» participou em diversas exposições de arte moderna promovidas por esse grupo.
Colaborou com o pintor Júlio Pomar na página de «Artes e Letras» do Jornal de Noticias, tendo ainda, textos de crítica de arte dispersos por outros jornais e revistas.

EXPOSIÇOES INDIVIDUAIS
1939 – Cinema S. João – Porto
1941/43 – Salão Silva – Porto
1947/48 – Galeria Portugália – Porto
1951 – Ateneu Comercial do Porto
1953 – Exposição do SNI – Lisboa
1953 – Galeria Antínio Carneiro – Porto
1954 – Galeria de Março – Lisboa
1954/55 – Galeria António Carneiro – Porto
1957 – Sociedade Harmonia Evorense – Évora
1957 – Galeria Alvarez – Porto
1959 – Galeria Divulgação – Porto
1959 – Museu Luanda – Angola
(Nos anos sessenta realizou algumas exposições em Viana do Castelo)
1975/79/86 – Salão da Cultura – Viana do Castelo
1988 – Galeria Barca D’Artes – Viana do Castelo
1990 – Galeria Barca D’Artes – Viana do Castelo
1991 – Lóios Galeria - Porto
1992 – Galeria Barca D’Artes – Viana do Castelo
1993 – Lóios Galeria – Porto

EXPOSIÇÕES COLECTIVAS
1943 - «Exposição Independente» dos alunos da ESBAP – Porto
1945 - «Exposição Independente» - Instituto Superior Técnico – Lisboa
1945 – IX Missão Estética de Férias – Évora
1946 – X Missão Estética de Férias – Museu Grão Vasco – Viseu
1946 - «Exposição Independente» - Galeria Portugália – Porto
1984 – XI Missão Estética de Férias – S.N.B.A. – Lisboa
1950 – VI Exposição de Arte Moderna dos Artistas do Norte – SNI – Porto
1951 – 14.ª Exposição de Arte Moderna – SNI – Lisboa
1952 – Exposição dos Artistas Premiados – SNI – Lisboa
1952 – Exposição de Arte Contemporânea da Metrópole – Luanda e Lourenço Marques
1954 – X Exposição de Arte Moderna dos Artistas do Norte – SNI – Porto
1955 – Exposição de Arte Moderna – Amarante
1955 – Exposição de Arte Moderna – Penafiel
1956 – II Salão de Outono – Estoril
1957 - «Trinta Anos de Cultura Portuguesa» - SNI – Lisboa
1957 – XII Exposição de Arte Moderna dos Artistas do Norte – SNI – Porto
1957 – I Exposição de Artes Plásticas da Fundação Calouste Gulbenkian – Lisboa
1957 – V Exposição de Cerâmica Moderna – SNI – Lisboa
1957 – III Salão de Outono – Estoril
1958 - «I Exposição de Pintura a Óleo» - Vila Real
1958 – III Missão Internacional de Arte – Évora
1959/60/61 - «Salão dos Novíssimos» - SNI – Lisboa
1959 – II Exposição de Arte Moderna – Museu Regional de Viana do Castelo
1960 – 1ª Exposição Livre de Pintura Contemporânea – Lamego
1961 - «Exposição da Vida e da Arte Portuguesa» - Lourenço Marques
1962 – II Exposição de Artes Plásticas da Fundação Calouste Gulbenkian – Lisboa
1970 – Exposição Colectiva de Pintura – Elvas
1975 – 1.ºs Encontros Internacionais de Arte – Viana do Castelo
1976 – Exposição de Pintura Portuguesa – Estoril
1976 – Exposição Colectiva de Artistas Europeus – Los Angeles – U.S.A.
II – III – IV Bienal Internacional de V. N. de Cerveira
1982/83/84/85/86 – Exposição Colectiva de Artes Plásticas do CCAM – Viana do Castelo
1986 – Exposição de Pintura Portuguesa – Évora
(integrada pela Sec. de Estado da Cultura no dia 10 de Junho – Dia de Portugal)
1987 – Exposição de Pintura Contemporânea Portuguesa – Casino Estoril
1987 – Exposição de Pintura Moderna Portuguesa – sala Jaques Brel – Pontault Combault – França
Exposição Individual de Pintura, em Viana do Castelo simultaneamente no Salão dos Antigos Paços do Concelho e Galeria Barca d’Artes em 1988. Organização do centro Cultural do Alto Minho.
Salão de Outono na Galeria do Casino Estoril em 1988.
Salão de Outono na Galeria do Casino Estoril em 1990.
Exposição Colectiva de Aguarelistas Portugueses, na Galeria do Casino Estoril em 1990.
Exposição Individual de Pintura na Galeria Augusto Gomes (Matosinhos – 1989).
I.ª Exposição Colectiva de Artistas Plásticos Portugueses, com motivos ligados ao Norte do País (Matosinhos). Organização da Associação Industrial Portuense, (EXPONOR – 1989).
II.ª Exposição Colectiva de Artistas Plásticos Portugueses, com motivos ligados ao Norte do País (Matosinhos). Organização da Associação Industrial Portuense, (EXPONOR – 1990).
I.ª Exposição Geral de Artistas Plásticos com motivos ligados à cidade do Porto e Vila Nova de Gaia (1989)
Exposição Colectiva de Artistas Portugueses, na Sociedade Nacional de Belas Artes, em Lisboa, subordinada ao tema: «A VINHA E O VINHO» (3.º prémio de pintura a óleo) – Organização das Caves Aliança.
Exposições Colectivas de Artes Plásticas, organizadas pelo Centro Cultural do Alto Minho, na Galeria Barca d’Artes, em 1988 e 1989.

PRÉMIOS NACIONAIS
1946 e 1947 – Prémio «Rodrigues Soares» da ESBAP
1950 – Prémio «Armando Basto»
1958 – Prémio «António Carneiro» do SNI

COLECÇÕES EM QUE ESTÁ REPRESENTADO
Museu Nacional Soares dos Reis – Porto
Museu de Luanda – Angola
Museu Regional de Amarante
Museu Regional de Viana do Castelo
Instituto Politécnico – Viana do Castelo
Escola Superior de Educação de Viana do Castelo
Escola Superior Agrária de Ponte de Lima
Câmara Municipal de Viana do Castelo
Hospital Distrital de Viana do Castelo
Ateneu Comercial do Porto
Centro Cultural do Alto Minho

Está ainda representado em valiosas colecções particulares no País e no Estrangeiro

ALGUMA BIBLIOGRAFIA
«A Arte em Portugal» no Séc. XX – José Augusto França. Edição Bertrand.
«Dicionário de Pintura Universal» p/ Fernando Pernes. Edição – Estúdios COR.
«Dicionário dos Pintores Portugueses» - Fernando Pamplona
«Pintura e Escultura em Portugal 1940 – 1980» - Rui Mário Gonçalves
«Estudos sobre Artes Plásticas – os anos 40 em Portugal e outros estudos» - Fernando Guedes – Colecção Artes e Artistas
Imprensa Nacional Casa da Moeda

LIVROS PUBLICADOS
Aníbal Alcino – Um Professor no Alentejo
Edição da Câmara Municipal de Viana do Castelo - 1989